Workshop
Sustainable Brands será o palco do lançamento da Utopies Brasil, consultoria dedicada à inovação positiva. Inovação pelos modelos de negócios e organizacionais, pela marca e pela oferta de produtos e serviços. Inovação também pela transformação de suas externalidades em oportunidades de desenvolvimento socioeconômico. Como parte do lançamento, será ministrada a oficina de inovação a partir da vivência de uma ferramenta colaborativa e criativa: o jogo Idea Maker. A ferramenta é utilizada em organizações para imaginar soluções inovadoras para transformar externalidades e desafios enfrentados pela nossa sociedade em oportunidade e projetos de sucesso.
A integração da sustentabilidade corporativa com a ocupação de espaços públicos é um campo novo e desconhecido para as marcas. Os mercados de infraestrutura, saúde, alimentação, esporte, mobilidade ou os modelos de economia circular trazem consigo um grande potencial para inovação público-privada, buscando benefícios mútuos.
Entretanto, isto requer profundo conhecimento no assunto e planejamento cuidadoso de diversos aspectos técnicos, sociais e culturais, assim como habilidade de se respeitar limites para formar parcerias inovadoras com as partes interessadas e desejo de experimentar e explorar novos modelos de negócio.
Este workshop mapeará as atuais práticas de parcerias entre marcas e a cidade, e de marketing local com especialistas no assunto. Também possibilitará a identificação dos caminhos estratégicos que as marcas podem seguir para estabelecer parcerias com as cidades ou com as autoridades locais, em apoio às agendas da sustentabilidade corporativa e territorial, baseando-se nas melhores práticas de grandes empresas (Johnson & Johnson, Novo Nordisk, Danone, Nike, UPS, etc.).
Com Florent Levavasseur
Antes de se juntar à consultoria pioneira em sustentabilidade Utopies em 2013, Florent foi vice-diretor financeiro, teve também uma experiência em duas ONGs internacionais e trabalhou durante dez anos no setor de crédito de seguros na França e nos EUA. Na Utopies, como líder da equipe de “Economia Local Sustentável”, ele já apoiou centenas de organizações de diversos setores (financeiro, transporte, alimentação, imóveis) e de diferentes áreas (cidades, regiões, países) a melhor avaliarem seus impactos socioeconômicos graças à robusta ferramenta de modelagem LOCAL FOOTPRINT®.
Sophie Labbe
Sophie possui 12 anos de experiências no Marketing de bens de consumo na França e em mercados internacionais. Ao longo de seu percurso profissional em diversas indústrias agro-alimentícias, ela desenvolveu uma sólida experiência nas áreas de estratégias de marca, comunicação e inovação. Na Utopies desde 2012, hoje ela gerencia a oferta e a equipe dedicada aos setores de alimentação e consumo sustentável. Suas linhas de atuação e interesse são ligadas à Marca Positiva, consulta de partes interessadas, construção de cadeias sustentáveis e valoração do valor gerado pela integração da sustentabilidade às marcas.
Cyrille Bellier
Empreendedor e empresário na área de sustentabilidade, Cyrille é sócio fundador de três empresas que têm como missão a geração de impacto. A consultoria Rever, fundada em 2005, que trabalha com as maiores empresas do país na integração da sustentabilidade aos negócios. A consultoria Utopies Brasil, focada na inovação em sustentabilidade, e o negócio social Pé de Feijão que combina agricultura urbana e educação alimentar. Anteriormente, Cyrille foi também Consultor Especialista para o IFC (Grupo Banco Mundial) na América do Sul e acompanhou projetos de investimento para acelerar a integração da sustentabilidade aos negócios em regiões de alta sensibilidade socioambiental, como Amazônia e Cerrado.
Diante de um mundo cada vez mais incerto, os modelos de negócios de ontem estão hesitantes. No que diz respeito à sustentabilidade, já não é suficiente ser “melhor que o ano passado” ou “melhor do que seus concorrentes”. Para prosperar em um futuro incerto, as empresas de hoje devem antecipar e abraçar a interrupção. É aqui que o Future-Fit Business Benchmark pode ajudar. É uma ferramenta gratuita, baseada em ciência de sistemas, que ajuda as empresas a estabelecer os objetivos ambientais e sociais adequados, a tomar melhores decisões no dia-a-dia e a envolver as partes interessadas de forma mais eficaz. Nesta oficina, o Dr. Geoff Kendall (CEO da Future-Fit Foundation) explicará o que é o Benchmark, porque é necessário e como usá-lo. E Geoff será acompanhado por Chris Davis, Diretor Internacional de Responsabilidade Corporativa e Campanhas da The Body Shop, que responderá a perguntas sobre suas experiências de uso com o Benchmark nos últimos dois anos. Esta é uma oportunidade única para explorar como tornar o seu negócio adequado para o futuro.
Com Geoff Kandel
Geoff Kandel é um empreendedor cuja experiência abrange consultoria de sustentabilidade, startups de alta tecnologia e pesquisa acadêmica, com doutorado em inteligência artificial. É CEO e co-fundador da Future-Fit Foundation, uma organização sem fins econômicos cuja missão é criar ferramentas gratuitas, baseadas em ciência, para encorajar e equipar líderes empresariais e investidores para fazer um progresso mais rápido na busca de um futuro próspero.
A mudança acelerada em nosso ambiente nos obriga a considerar as organizações e as empresas a partir de um paradigma radicalmente diferente: substituir o trabalho da falta, da escassez, da resolução de problemas ou das áreas de oportunidade por uma abordagem baseada em abundância, baseada nas fortalezas e no ótimo funcionamento. Só então a mudança exponencial virá.
Com Enrique Tamés
Professor da Escola de Ciências Humanas e Educação na região norte do Tecnológico de Monterrey. Filósofo com Doutorado em Inovação, estudante de pós-graduação na Universidade de Singularidade, é coach ontológico e formado pelo Appreciative Inquiry por Case Western Reserve University. Foi diretor do Instituto de Ciências da Felicidade da Universidade Tecmilenio. É professor visitante na Universidade Loyola, em Chicago, na Universidade da Carolina do Norte e na Universidade de Yale.
10h – Sustentabilidade em redes: as relações com o meio ambiente na época da conectividade
com Massimo Di Felice e Rita Nardy
As últimas gerações de redes digitais (internet das coisas, big data, internet everythings) criaram um novo tipo de internet que, além de conectar dispositivos e pessoas, começaram a permitir a interação com a biodiversidade, os territórios e os diversos tipos de superfícies. Tal transformação está redesenhando a nossa ideia de ecologia e a nossa condição habitativa, transformando-a de interações entre entidades e espécies diversas a interações entre redes transorgânicas interdependentes.
com Eli Borges Junior
Conviver e ser feliz no caos. Estamos realmente prontos para os desafios que as redes digitais nos impõem? Nesta seção, vamos apresentar alguns possíveis significados para a palavra “inovação” hoje. Como o imprevisto e o fracasso podem ser importantes condições para isso? Lidar com os afetos e a sensibilidade talvez seja o novo centro da preocupação de nossa era.
com Erik Roza e Dora Kaufman
A adesão de parte considerável da população mundial às redes sociais digitais como Facebook, Instagram, Twitter, particularmente nos países desenvolvidos e na parte desenvolvida dos países em desenvolvimento, tornou mandatório contemplar essas redes nas estratégias de marketing e comunicação das empresas. Elas precisam estar nas redes para sobreviver no ambiente atual de comunicação e negócios, mesmo que signifique enfrentar enormes desafios. Contudo, a lógica de controle e centralidade que permeia a operação e gestão corporativa cria um antagonismo com o “não-controle” e descentralidade das redes digitais. Esse antagonismo torna-se mais visível em situação de crise, de conflito explícito entre uma marca e os consumidores – usuários das redes sociais.
As características do net-ativismo do consumidor – expressão derivada dos movimentos de net-ativismo social – seja motivado por algum mal – feito da marca ou em solidariedade à alguma causa, tem representado um desafio para as áreas de gestão de crise das empresas que, em geral, não têm recursos e estratégia para enfrentar a diversidade, penetração e intensidade dessas manifestações. Parte relevante dos procedimentos visam proteger a empresa e/ou marca de potenciais processos legais.
Esses e outros temas serão debatidos por meio de uma experiência real de mercado. Serão apresentados mapas cartográficos da movimentação no Twitter no auge da crise, bem como amplo material dos posts no Facebook, comparando as peças publicitárias da marca antes e durante a crise.
com Eliete Pereira e Thiago Franco
O processo de inclusão digital e a expansão proporcionada pela banda larga e pelos dispositivos móveis proporcionam uma emergente participação nas redes digitais das culturas e saberes locais. Diversos povos indígenas e comunidades tradicionais passaram a utilizar as redes digitais para produzir e disseminar conteúdo sobre as suas culturas, preservar seus idiomas e seus ritos, compartilhar conhecimentos tradicionais e implementar formas diretas de atuação, em defesa dos próprios territórios. Tais experiências demonstram o emergir de um tipo de cultura conectiva, ao mesmo tempo tradicional e inovadora, local e global, comunitária e informativa.