O ambiente está conectado em redes e o monitoramento de dados viabilizado por novas tecnologias mudou a relação entre as pessoas e o planeta. Hoje, é possível enxergar os impactos das escolhas individuais e da tomada de decisão, por exemplo, avaliar a relação entre o meio de transporte que se utiliza e o aquecimento global. “Aí temos um conjunto de arquitetura de redes que está conectando territórios.”
A explicação é de Massimo Di Felici, sociólogo formado pela Universidade La Sapienza de Roma, com doutorado pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado na Sorbonne em Paris. Ele coordena o Centro de Pesquisa Internacional ATOPOS (ECA/USP), que desenvolve estudos transdisciplinares sobre as transformações promovidas pelas tecnologias comunicativas digitais. Massimo Di Felici estará no Sustainable Brands São Paulo com a palestra “O mundo em rede e a nova ecologia”.
Na visão do sociólogo, vivenciamos a arquitetura da conectividade, uma realidade que vai além do colecionamento de dados: viabiliza a conexão entre pessoas. Uma conectividade que torna tudo mais próximo e, portanto, pressupõe uma nova lógica de funcionamento.
No livro Paisagens Pós-Urbanas: o fim da experiência urbana e as formas comunicativas do habitar (São Paulo: Annablume, 2009), Massimo Di Felici apresenta em detalhe as “formas comunicativas do habitar”, uma análise para além do campo tradicional da comunicação, que se relaciona com diversas outras áreas do conhecimento. “Hoje, temos uma abordagem informativa sobre a matéria”, observa.
Esse contexto entrega um desafio importante para as empresas e as organizações, tornando necessária uma reflexão sobre as suas estratégias, os impactos e os valores gerados por suas atividades. “A gente não pode pensar o mercado da forma como pensávamos: empresa de um lado e público do outro. Ou a empresa se torna sustentável ou vai desparecer”, avalia Massimo Di Felice.
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